quinta-feira

Quis pintar de azul mas escrevi a preto algumas linhas, num papel já gasto. Não sequei as palavras que se esvaíram, talvez para não serem vistas ou lidas por alguém que as não entenda.
Eu mesma que as escrevo e leio nem sempre lhes encontro sentido, apenas lhes guardo os segredos e as escondo dos olhos dos outros.
Nestas palavras abstractas e esborratadas de negro só encontro veias. Sinto-as perdidas, não sei se do papel, se de mim!

1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo!
Enviado por Zero