Há dezanove anos atrás principiava a mais árdua das minhas tarefas, a maternidade. A capacidade de amar um filho é realmente inesgotável mas não é obra fácil criar, educar e orientar.
Sem manual de instruções, eis algumas condições e técnicas utilizadas:
- muita comida (mama e suplementos);
- sono leve e frequentemente interrompido (primeiro gases, rompimento dos dentes e agora, saídas à noite, idas e vindas da discoteca);
- castigos nas birras (proibidos os supermercados e lojas de brinquedos);
- imposição de regras de conduta;
- dedicação (leitura de histórias, passeios, brincadeiras no parque e no banho);
- renúncia, por muito tempo, a actividades como tirar o buço, bronzear-se, ler um livro e ir ao cinema para ver um filme para maiores de 6 anos;
- muito amor; segurança afectiva diária (beijos e abraços apertados, ver com ele os Simpsons e assistir a vídeos no Youtube sobre temas do seu interesse mesmo que não nos digam nada);
- updates regulares ao nível da cultura geral (nomeadamente conhecimentos de música); é importante ser vista pelo filho como uma mãe moderna;
- tolerância (a partir da adolescência não esperar telefonemas ou mensagens que não visem a satisfação das suas próprias necessidades, como por exemplo, informar que vai ficar sem saldo no telemóvel ou que precisa de roupa nova, às vezes rota);
- procurar estar presente no seu dia-a-dia, mesmo na maioridade, conhecer as suas inquietações e dar conselhos, mesmo sabendo que não serão seguidos por não fazerem sentido para ele.
O amor mantém-se incondicional e preparado para ser um abrigo e um curativo no caso de algum dos seus voos correr menos bem.
Parabéns filho!